No final...


 Eu compreendo o poder que as palavras carregam. Cada uma que proferimos, cada frase que moldamos, pode impactar, elevar ou até ferir. E na arte de comunicar, o domínio da palavra é mais valioso do que muitas vezes reconhecemos. Por isso, quando te vejo a falar de mim, antes de pensares em espalhar julgamentos, pára. Pensa. Porque quem fala sem refletir apenas lança ao ar o eco de um vazio. O meu nome, antes, enchia documentos, estava gravado nos corredores de lugares onde a verdade é testada. Agora, o que preencho são corações e palcos, com quadras que já esgotaram salas. O silêncio que vem depois das palavras bem ditas não é vazio; é o respeito que se conquista. Que me batam palmas, que me ouçam em silêncio. Quem julgou que o meu caminho já tinha fim, enganou-se, pois mal comecei a percorrê-lo.

Tu sabes que o barulho dos outros é apenas isso: ruído. E, enquanto há quem tente puxar-me para o fundo, estou firme. Fechada com quem me entende, com quem me apoia. Na simplicidade de um círculo pequeno, mas sólido, faço o que faço porque há propósito. Porque na vida, o que conta não é o número de vezes que somos mencionados, mas a substância do que entregamos. E acredita, quando o fim chegar — e vai chegar para todos nós — não será o eco do que disseram que vai prevalecer, mas o impacto que deixámos nos corações que tocámos.

Há quem viva de bocas, que só sabem falar da mulher. Um deslize, uma falha, e "Portugal" inteiro comenta. Mas enquanto há quem apenas observe, eu estou no palco da minha própria história, consciente de que aquilo que faço tem peso. As palavras podem ser leves, mas o impacto que deixam é profundo. E para aqueles que tentam "comer" o meu espaço, digo com confiança: o prato já está servido e sou eu que decido quem se senta à mesa.

O que vai, não volta. A "fama"? Guarda-se no bolso. O que importa é o legado, as "notas" que sustento para cuidar de quem me é mais importante. Tenho responsabilidades. Filhos que criam raízes no meu esforço, pais que merecem o meu respeito, e uns quantos que caminham ao meu lado. Não são muitos, mas são verdadeiros.

E àqueles que falam demais, que se perdem no excesso de palavras vazias, deixo um conselho: aprendam a controlar a língua antes que ela vos controle. A vida ensina quem está atento, e a sabedoria vem no silêncio, na pausa antes de falar. Porque, como dizia a minha mais velha, com toda a sabedoria de quem viveu: eu sou muito, e muito maior do que aquilo que a maioria consegue ver.

Então, enquanto o mundo segue a sua marcha, eu avanço. Não para provar nada a ninguém, mas porque o meu caminho é desenhado pelas minhas escolhas, pelo meu esforço, e pela determinação que tenho de ser mais, de crescer mais. Porque a verdadeira grandeza não está no que os outros dizem de nós, mas no que nós fazemos com o que sabemos. E no final, o que fica é o legado.

Mensagens populares deste blogue

Ousadia Incompreendida

O Corpo Não Mente

Reflexão -Quando se diz tudo, em silêncio também.