A Revolta do Eu
Não me digas como agir, não me imponhas o que pensar. As regras que dizes serem a norma não foram feitas para mim, não têm o poder de me moldar. Recuso-me a dobrar-me como um marionete nos teus caprichos. Se errar é humano, então permito-me errar à minha maneira, a cada passo. A verdade é que eu prefiro fazer os meus próprios erros, mesmo que me conduzam pelo caminho da incerteza, porque sei que, de algum modo, isso me tornará mais autêntica.
Guarda as tuas lágrimas. Não quero que desperdices a tua dor comigo. Não sou como eles, não me enquadro no que a sociedade espera de mim. Vivo com a cabeça nas nuvens, distante do ruído e da conformidade do mundo. E, ironicamente, é nesta desconexão que tudo faz sentido, porque esta sou eu, a minha essência nua e crua, que se recusa a ser apenas mais uma na multidão.
A liberdade que busco é um estado de espírito, um grito por autenticidade em meio ao caos. Não me peças que mude, que me adapte aos teus padrões. Cada erro que cometo é uma afirmação da minha identidade. A forma como danço na corda bamba das expectativas, em vez de me atirar ao abismo da conformidade, é o que me distingue. É nesse balançar que me descubro, que exploro as profundezas do que significa ser eu.
Se apenas eu estivesse totalmente desperta para a vida e todas as suas complexidades, perceberia que há muito mais do que posso suportar. Contudo, não temo o desafio. A cada mergulho no desconhecido, mesmo no azul profundo que por vezes me amedronta, sinto que tenho alguém ao meu lado. Nesse espaço entre a razão e a emoção, é onde quero estar, e ao teu lado, não quero perder nada. Não quero deixar passar a oportunidade de amar, de explorar a vida em toda a sua plenitude, mesmo que essa plenitude signifique enfrentar a dor.
Prometo-te que estarei sempre contigo, mesmo quando o caminho se tornar difícil, mesmo quando o meu espírito não habitar este corpo. Quando as tempestades se abaterem e os ventos mudarem de direção, será a minha mão que te segurará. Porque, no final das contas, somos um só, ligados por uma teia invisível de experiências compartilhadas. Eu sou as minhas lutas, as minhas vitórias, e também sou as tuas. Por isso, não temas o que está por vir, porque estarei contigo a cada passo, navegando pelas ondas que nos separaram e nos uniram.
Esta sou eu. Uma força da natureza, um espírito livre, desafiando o mundo a entender que não preciso da tua validação. A minha verdade é suficiente, e eu sou a autora da minha própria narrativa. Deixo as lágrimas para trás e caminho com confiança, mesmo quando o caminho é desconhecido. No fim, é a autenticidade que nos une, e é isso que nos torna verdadeiramente vivos. E quando o eu não existir fica o meu legado, as minhas palavras, fica o meu amor.