Como é que estás?

 Como é que estás? Os anos vão passando e, com eles, vêm tantas mudanças, tantos caminhos que se cruzam, se afastam, ou se perdem por entre as curvas da vida. Mas, hoje, a pergunta que me fica no peito é: e tu, como é que estás? Porque, enquanto o tempo avança, o desejo de saber de ti cresce, de entender como te tens sentido, como tens lidado com as surpresas, os desafios, os altos e baixos que, inevitavelmente, a vida nos lança.

A vida, essa força que bate tão forte, às vezes mais forte do que gostaríamos, tem-te tratado bem? O teu futuro, o que é que ele te tem trazido? É curioso pensar nisso, porque, se olharmos para trás, percebemos que muitas das respostas que procurávamos não vieram da forma que imaginávamos. No meio do pouco, fizemos tanto, e quando o muito veio, a sede de querer mais, de fazer melhor, de ir mais longe, continuou a crescer. Mas e tu, como tens navegado por entre esses desejos e incertezas?

É curioso como os anos mudam as nossas perspectivas. Aquilo que antes parecia urgente, agora parece menos importante. E outras coisas, que talvez não valorizássemos tanto, hoje se tornaram fundamentais. Eu quero saber como tens vivido essas mudanças, como tens olhado para o mundo e para ti mesma à medida que o tempo passa. Tens encontrado o que procuravas? Ou talvez tenhas descoberto que o caminho é feito de mais perguntas do que respostas?

Cada dia é uma oportunidade, uma nova chance de fazer diferente, de acertar, de aprender com os erros e de continuar a crescer. Mas às vezes, no meio da correria, esquecemo-nos de parar e perguntar: como estou eu, realmente? E, mais ainda, como está aquele que, em tempos, caminhou ao meu lado, partilhou os mesmos sonhos, as mesmas risadas e, talvez, os mesmos medos?

Porque, por mais que os anos avancem e as vidas tomem rumos diferentes, há algo que fica. Uma ligação, uma curiosidade genuína de saber como estás. De saber se conseguiste alcançar aquilo que sonhavas, ou se, pelo contrário, os teus sonhos se transformaram, cresceram ou mudaram de forma.

No fundo, não se trata apenas de saber como estás a nível exterior, mas sim de entender como te sentes por dentro. Tens encontrado paz nas tuas escolhas? Tens feito as pazes com o que ficou por dizer ou por fazer? A vida, afinal, é feita de tantos pedaços, de tantas pequenas decisões que moldam o nosso caminho.

Eu, tal como tu, fui vivendo. Fiz o melhor que pude com o que tinha. No pouco, encontrei força para fazer muito, e no muito, vi que ainda há tanto por fazer, tanto por conquistar. Porque a vida nunca nos deixa ficar quietas, está sempre a pedir mais de nós. Mas isso é bom, porque nos mantém vivas, atentas, em constante transformação.

E tu? Como tens vivido esses desafios? Espero que, ao longo do caminho, tenhas encontrado aquilo que te faz feliz, aquilo que te dá sentido. E se ainda não encontraste, espero que nunca percas a coragem de continuar a procurar. Porque, no fim das contas, é essa busca que nos mantém verdadeiramente vivas.

Então, depois de todos estes anos, a pergunta que fica é simples, mas carregada de tudo aquilo que o tempo não apaga: como é que estás?

Mensagens populares deste blogue

Ousadia Incompreendida

O Corpo Não Mente

Reflexão -Quando se diz tudo, em silêncio também.