Pedaço de mim
Eu escrevo porque é a minha maneira de existir. Cada palavra que coloco no papel, ou na tela, é um pedaço de mim, uma extensão da minha essência que transborda, organizada ou não, em forma de letras. Escrevo para me entender, para ver com clareza o que antes era confuso, uma tempestade de pensamentos e sentimentos que se alinham conforme surgem frases e parágrafos. Escrevo sobre o que me faz sorrir e o que me faz chorar, porque a vida é assim, um mosaico de momentos que se alternam entre a luz e a sombra.
Escrevo porque amo e, através da escrita, posso multiplicar esse amor. Amo as ideias que descubro, os conceitos que estudo e aprendo. Amo as histórias que me contam e que vivo. E cada um desses amores se transforma em palavras, dançando pelo papel como se fossem notas de uma música que só eu posso ouvir. Mas não escrevo só para mim; escrevo para os outros, para quem quer ouvir, para quem quer sentir, para quem quer se curar também.
A escrita, às vezes, é um bálsamo, uma forma de sarar as feridas que a vida abre. Outras vezes, ela é um portal para mundos fantásticos, onde tudo é possível, onde o irreal se mistura ao real e as fronteiras do possível se dissolvem. Crio histórias, teço fábulas e mistérios, e, ao mesmo tempo, relato o que vejo, o que ouço, o que me contam. Pesquisa, estudo, ou invenção, tudo vira matéria-prima para a minha caneta, ou os meus dedos, que não param de digitar.
Escrevo sobre a vida, porque a vida merece ser analisada, esmiuçada, entendida em suas múltiplas camadas. E, muitas vezes, escrevo o que me pedem, o que me contam, porque a escrita também é uma troca, uma comunicação profunda que não se encerra em quem escreve, mas se expande até quem lê. No final, eu escrevo para viver, para transformar, para entender o que sou e o que o mundo é. Escrevo porque a vida, em suas alegrias, tristezas, fantasias e realidades, merece ser escrita.