Olhos de Abismo

Em olhos de abismo, profundo e obscuro,

Mergulha-se o olhar na sombra do pranto,

Onde o sofrimento tece seu pano escuro,

E o silêncio ecoa um lamento de encanto.


Em cada centelha, uma história antiga,

De angústias enredadas na teia do ser,

Surgem os ecos de uma vida ambígua,

Que no olhar se revela, a sofrer.


O sol não penetra essa escuridão,

Onde as lágrimas se tornam joias perdidas,

O universo, em sua vastidão,

Esconde segredos em almas feridas.


A dor, uma melodia de ritmos escondidos,

Nos olhos, um poema de palavras não ditas,

Reflete a pena dos momentos vividos,

E a tristeza em cada sombra se agita.


Há um espelho, um abismo, uma história,

No brilho seco e sombrio do olhar,

E nas lágrimas, um lamento, uma memória,

Que o tempo não consegue apagar.


As rugas dos olhos, mapas de sofrimento,

Cada linha um conto, um enigma profundo,

Que narra a vida em seu tormento,

E revela o ser, o seu mundo.


As trevas que dançam no fundo do olhar,

Revelam segredos que palavras não podem tocar,

E cada brilho é um grito a se calar,

Um reflexo da dor que insiste em ficar.


O peso da tristeza, como um véu sombrio,

Oculta a luz que em outros tempos brilhou,

E o sofrimento, com seu tom lívido,

No olhar, uma eternidade congelou.


O passado, um nevoeiro que não se dissipa,

Em cada olhar, um abismo a desvendar,

E as memórias, como um sopro que não se apaga,

Transformam o olhar em um vasto mar.


O vazio é um campo de forças internas,

Onde a dor e a esperança coexistem,

E os olhos, com suas chamas eternas,

Mostram o peso do que persistem.


No mistério de cada piscadela, um enigma,

O sofrimento, um livro sem fim,

E a escuridão é a chama que intimida,

Reflexos de um ser perdido em si.


A melancolia, uma dança delicada,

Que a alma, com cuidado, coreografa,

E os olhos, como versos de uma balada,

Cantam a dor que o tempo transforma.


Cada olhar é um cosmos de dor e beleza,

Onde o sofrimento se veste de esplendor,

E na escuridão, há uma estranha leveza,

Uma sinfonia de melancólico amor.


E assim, nos olhos, um poço sem fundo,

Onde as lágrimas escrevem sua verdade,

O sofrimento é um vasto e profundo mundo,

Reflexo da eterna complexidade.


Navegando em mares de obscura tristeza,

Cada olhar é um poema em tormenta,

E a profundidade é um sussurro de pureza,

Que a dor, com cuidado, alimenta.


O eco das sombras, o murmúrio da dor,

São os versos que o olhar revela,

E cada lágrima, com seu peso e amor,

Escreve a história que o tempo sela.


O olhar é um abismo de dor e poesia,

Onde o sofrimento se torna arte e canção,

E a escuridão é uma tela vazia,

Que reflete a profundidade da criação.


Na profundidade dos olhos, uma eternidade,

Um universo de dor, mistério e luz,

Onde o sofrimento se mistura à verdade,

E o olhar, com seu abismo, nos seduz.


O brilho dos olhos, um farol em tormenta,

Que guia através das sombras e da dor,

E na escuridão, a tristeza se apresenta,

Como uma eterna e delicada flor.


Cada estória, cada lágrima, cada sombra,

É um fragmento de um ser profundo,

Que no olhar revela a dor que assombra,

E na escuridão, encontra seu mundo.


E assim, a profundidade dos olhos é um poema,

Um canto de tristeza, amor e perda,

Que o sofrimento entoa como um dilema,

E o olhar, em seu abismo, é a resposta.



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