Para vocês...

 Desejo, antes de tudo, uma Santa Páscoa a todos os leitores.

Que esta época de renovação, de luz e de esperança vos toque de forma íntima, profunda, e vos traga paz onde houver inquietação.

Nesta Páscoa, encontrei-me envolta por uma serenidade rara — uma paz que não depende das circunstâncias, mas que floresce no mais íntimo do ser. Uma paz que resiste aos dias difíceis, que persiste mesmo quando o mundo lá fora se agita, quando as sombras se alongam, quando os ventos contrários sopram com mais força.

Esta tranquilidade — que por vezes parece quase sobrenatural — deve-se, em grande parte, à alegria que vejo nos olhos dos meus filhos. As suas conquistas, discretas ou grandiosas, são como pequenas luzes que se acendem no meu caminho. Elas aquecem-me a alma e dão sentido a tudo. Como família, temos caminhado com firmeza, com entrega, com amor. E é essa união, essa partilha de passos e silêncios, que nos fortalece.

Mas esta Páscoa trouxe também um silêncio novo — o silêncio deixado por aqueles que, finalmente, se foram. Partidas esperadas ou inesperadas, sempre duras. Levaram consigo uma parte de nós, deixaram espaços vazios à mesa e no coração. Mas mesmo a sua ausência, por paradoxal que pareça, ensina-nos algo sobre a presença: sobre o valor dos que ainda aqui estão, sobre a urgência de amar enquanto é tempo. Que partam em paz, os que partiram, e que a sua memória permaneça como semente viva no nosso caminho.

Neste tempo de renovação, Deus não se mostrou apenas nos rituais ou nas palavras sagradas, mas também no rosto daqueles que permaneceram por perto — amigos, companheiros de jornada, pessoas que chegaram no tempo certo e que, com gestos simples mas profundos, fizeram toda a diferença. A eles, o meu mais sincero agradecimento.

A Deus, agradeço tudo: a dádiva dos meus filhos, a família que se constrói todos os dias, os que chegaram, os que se foram, os que ficaram. Agradeço esta paz serena que me sustenta, mesmo quando tudo parece oscilar. Porque apesar dos pesares, há uma luz que permanece. Há uma tranquilidade indescritível que me habita. E isso, por si só, é um milagre.

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