Manifesto Pessoal: A Revolução da Alma
Eu sou a mulher que se ergue, ainda que os ventos da vida me tenham derrubado inúmeras vezes.
Eu sou a soma das minhas quedas, mas também sou a força que me fez levantar.
Não há vergonha em cair.
Não há vergonha em errar.
A vergonha mora onde a mentira se instala, onde a negação se faz presente, onde a coragem se dissolve no medo.
Eu escolho a verdade que carrego em mim: a verdade dos erros, a verdade dos recomeços, a verdade das lágrimas que regaram o solo onde cresci.
Sou feita de escolhas erradas e acertos duvidosos.
Sou feita de dúvidas e certezas passageiras, de sonhos despedaçados e de esperanças reconstruídas.
Fui ensinada a temer o erro, a temer o fracasso, a temer a imperfeição.
Mas hoje, sei: o erro é meu aliado.
O erro não é um fardo, é uma ponte.
É através dele que me torno quem sou, é nele que encontro o chão onde posso crescer, é nele que aprendo que não existe verdade absoluta, que não existe linha reta para a felicidade.
Eu sou a mulher que ousa.
Que ousa seguir, mesmo sem garantia de chegada.
Que ousa ser vulnerável, mesmo com a consciência de que a vulnerabilidade pode ser a porta de entrada para a dor.
Eu sei que a dor é um companheiro invisível da jornada, mas também sei que ela me ensina a verdade de ser humana.
A dor que sinto, que senti, que ainda virá, é a dor da transformação.
É a dor de rasgar a minha própria carne para me reinventar, é a dor de cair em pedaços para depois me refazer inteiramente.
Eu não sou feita de perfeição.
Eu não sou um ser intocável.
Eu sou feita de imperfeições, de rachaduras, de cicatrizes que têm histórias.
E essas cicatrizes, hoje, eu as vejo como as marcas da minha força.
Porque quem tenta, quem ousa, quem realmente vive, inevitavelmente carrega as cicatrizes do seu percurso.
Eu sou as marcas do que vivi, não as cicatrizes de um ser quebrado, mas os sinais de alguém que se atreveu a viver com tudo o que tinha — sem reservas.
Eu aceito os meus erros, porque sou eu mesma quem os transforma em sabedoria.
Eu aceito as minhas dúvidas, porque elas me trazem a humildade de não ter todas as respostas.
Eu aceito os meus medos, porque sei que, enfrentados, eles são a chave para a liberdade que busco.
E aceito as minhas fraquezas, porque elas são o solo fértil onde posso semear a minha força.
Eu não vivo para agradar.
Eu não vivo para ser salva.
Eu não vivo para encontrar no outro a minha própria validação.
Eu vivo para ser fiel a mim mesma, para ser fiel aos meus sonhos, à minha essência, à minha verdade.
Eu vivo para desafiar o que me limita, para quebrar as correntes que me impedem de ser o que sou, para construir o meu caminho em liberdade.
Eu não temo as adversidades, porque sei que o vento forte é o que ensina as árvores a serem mais profundas, mais fortes.
Eu não temo o erro, porque sei que ele é o trampolim para o salto que me levará mais alto.
Eu não temo a queda, porque sei que a queda é apenas o espaço entre um ciclo e o início do próximo.
Eu sou a mulher que, ao longo do caminho, se perdeu muitas vezes.
Mas em cada perda, encontrei uma nova forma de me encontrar.
Eu sou a mulher que, ao longo do caminho, se questionou muitas vezes.
Mas em cada questionamento, vi mais claramente a minha verdade.
Eu sou a mulher que, ao longo do caminho, se feriu muitas vezes.
Mas em cada ferida, enxerguei uma nova capacidade de curar, de compreender e de amar mais profundamente.
Eu sou o que fiz de mim mesma.
Eu sou o que escolhi ser, apesar das expectativas do mundo.
Eu sou a mulher que, ao olhar para o espelho, não se reconhece em todas as imagens que o mundo criou de mim, mas sim naquela mulher que, mesmo entre lágrimas, se levanta e diz: “Eu continuo, porque sou mais forte do que todas as histórias que me disseram.”
Eu sou o sangue que corre nas minhas veias e a alma que dança nas noites mais escuras.
Eu sou a luta silenciosa e o grito que ecoa em todos os meus momentos de revolução interior.
Eu sou a resistência, a coragem, a doçura e a dureza de quem sabe que, mesmo nos momentos mais dolorosos, o mais importante é continuar a caminhar.
Eu sou o sonho que ainda resiste, a chama que se recusa a apagar, o passo que se recusa a parar.
Eu sou quem decide não desistir de mim mesma.
Eu sou quem escolhe amar, mesmo sabendo que o amor pode ser vulnerável.
Eu sou quem escolhe continuar, mesmo sabendo que o caminho não é fácil.
Eu sou quem se recusa a ser pequena, a ser invisível, a ser irrelevante.
Eu sou quem cria o seu próprio caminho, mesmo quando o chão parece incerto.
Eu sou a minha própria revolução.
Eu sou a mulher que, apesar de tudo, segue em frente — sem medo, sem desculpas, sem vergonha de quem sou.
Porque sou eu quem defino o meu valor.
Eu sou eu quem escolho a minha história.
E eu sigo.
Sempre.
Porque nada e ninguém pode apagar o fogo que arde dentro de mim.