Agora...
São 16h22. O dia segue seu curso, e a luz suave da tarde preenche o ambiente com uma calma convidativa. O sol já está mais inclinado, mas ainda mantém a sua intensidade, iluminando o parque com um brilho dourado que faz cada folha, cada árvore, parecer mais viva. A brisa fresca começa a se tornar mais constante, anunciando a transição para a parte mais tranquila do dia. As horas parecem se expandir neste momento, e a sensação de que o tempo desacelera é quase palpável.
Agora, com o relógio marcando esse exato instante, o parque parece estar em sua melhor versão – mais silencioso, mais íntimo. As crianças no parque infantil vão diminuindo seu ritmo, e o burburinho se torna mais distante, enquanto o ambiente ao meu redor se enche de uma quietude que me permite mergulhar de forma plena nas páginas que estou lendo.
A luz suave das 16h22 toca as páginas da via sacra, criando sombras delicadas que dançam ao ritmo da brisa. Cada palavra parece ter mais peso, e eu me sinto mais conectada com o momento presente, mais integrada à natureza ao meu redor. Estou aqui, sentada, absorvendo as palavras e deixando que elas se misturem com o mundo. O tempo, com toda a sua densidade, parece se alongar, permitindo que eu reflita sobre as ideias que estou lendo, ao mesmo tempo em que o parque, não muito silencioso mas acolhedor, é quase uma extensão do meu próprio estado de espírito.
E assim, às 16h22, no meu banco favorito, me deixo envolver pelo ritmo suave da tarde, onde a leitura, a natureza e o tempo se tornam uma só coisa, em perfeita harmonia.