Desafio aceite.
O agrupamento escolar lançou-nos um desafio: escrever um poema sobre o Natal em conjunto, pais e filhos. Para mim, esta foi uma oportunidade especial de criar algo com o meu filho, mas com uma certeza clara: o trabalho em conjunto com professores não faz parte desta jornada. No passado, ficou provado que essa abordagem não resulta para nós. Foi uma experiência que não quero repetir, uma lição importante que eu e o meu filho aprendemos. A partir daí, decidi que só trato com a escola o que for estritamente essencial, e qualquer dúvida ou problema é resolvido em casa, entre família. Com respeito, amor e dedicação, agarrámos este desafio e criámos algo de que nos orgulhamos profundamente. É com muito carinho que partilho o nosso poema sobre o Natal.
Natal: O Espírito que Transcende
O Natal não é só luz nem canção,
É o eco profundo no coração.
Não vive no ouro nem no embrulho,
Mas no gesto simples que rompe o orgulho.
É no amor que o Natal se revela,
Força que une e nunca cancela.
Mesmo os que partiram e já não estão,
Vivem para sempre em nossa emoção.
Dar não é o ter, mas o ser sem medida,
O calor que transforma e aquece a vida.
Não é o presente, mas o afeto ofertado,
Que torna o Natal verdadeiramente celebrado.
Empatia é sentir o outro em nós,
Ouvir a dor que ecoa sem voz.
É um abraço que alivia a solidão,
E transforma estranhos em união.
Perdoar é abrir as portas do coração,
Deixar que o amor dissolva a razão.
Não é fraqueza, mas libertação,
Um ato que cura e nos dá redenção.
Humildade, berço onde tudo nasceu,
Na palha singela, o céu se rendeu.
Não é no luxo que a grandeza se vê,
Mas na simplicidade de quem sabe ser.
Solidariedade não é só ocasião,
É a ponte viva que une a nação.
Que nossas mãos sejam sempre alento,
Para erguer o outro em qualquer momento.
A esperança, estrela que nos conduz,
Não é fugaz como a luz de uma cruz.
Vive nos sonhos e nos passos dados,
Faz do futuro um caminho iluminado.
Que o Natal nos faça lembrar,
Do verdadeiro sentido que há:
Preparar o presépio no coração,
Um lugar onde vive a compaixão.
E quando a festa e as luzes cessarem,
Que as ações do Natal nunca acabem.
Pois o espírito eterno que a todos abraça,
É a força que muda e refaz a nossa graça.