A Bruxa e a professora

 Num vilarejo distante, um conto se desenrola,

De uma bruxa que, dizem, o temor assola.

Com risos malévolos, sua presença anuncia,

A professora, aflita, a todos denuncia.



As crianças, em prantos, a professora seus pais foi chamar,

"Uma bruxa horrenda veio nos assustar!"

A professora, em pânico, relatos e boatos a espalhar,

Mas será essa história a verdade a contar?



Não houve ameaça, não houve agressão,

A bruxa apenas buscava uma explicação.

Um encontro forçado, um pedido de atenção,

Mas a professora urde uma trama de ilusão.



As crianças, ao brincar, esqueceram do medo,

Mas os pais, alarmados, creram no enredo.

A bruxa fez queixa, sem queixa ter feito,

A perseguição é vista, mesmo sem o feito.



Sua mente é um labirinto, de intriga e dor,

Mas quem é a verdadeira vilã neste ardor?

A professora, astuta, seus segredos a guardar,

Ou a bruxa, injustiçada, que só quer dialogar?



Se a Inquisição ainda hoje existisse,

A professora, talvez, justiça pedisse.

A bruxa, sem crime, ao fogo seria atada,

Por uma mentira, seria condenada.



A verdade se perde, nas sombras do ser,

Quem é a bruxa? Quem deve temer?

A professora disfarça, a bondade a exibir,

Mas sua alma escura, começa a emergir.



Quem é a vilã? Quem mente afinal?

Numa trama complexa, de bem e de mal,

A bruxa é psicopata, sociopata, talvez,

Mas a professora oculta algo que ninguém vê.



A bruxa, que maltrata sem maltratar,

É um espelho da mentira que o outro quer mostrar.

Neste conto épico, a moral se dilui,

Entre sombras e luzes, a verdade flui.



A vila se divide, em dúvida constante,

Buscando entender quem é o gigante.

A professora, honrada, aos pais sempre acalma,

Enquanto a bruxa, em silêncio, enfrenta a sua alma.



Nos corredores da escola, sussurros se espalham,

De uma bruxa que ronda, os medos se alastram.

Mas a professora, com olhar astuto,

Guia a narrativa, de modo absoluto.



Os pais preocupados, querem respostas,

Mas as crianças, ao brincar, não têm apostas.

Esqueceram do medo, do conto sinistro,

Enquanto a bruxa luta contra o registro.



Ela, acusada, de crimes sem prova,

Sente o peso da mentira que a apavora.

Sua sanidade questionada, sua vida esmiuçada,

Por uma professora, que a todos engana.



Mas quem é a verdadeira inimiga?

Quem na escuridão, o medo abriga?

A bruxa apenas queria falar,

Mas a professora fez o medo reinar.



Nos tribunais da mente, o julgamento é severo,

A bruxa, injustiçada, vive um pesadelo.

Mas a professora, com sorriso amável,

Esconde um coração de intenções instáveis.



Se a história tem um desfecho, ainda não se sabe,

A verdade oculta, em cada olhar que cabe.

A bruxa, em seu canto, continua a sofrer,

Enquanto a professora, na mentira, faz seu poder crescer.



A vila, dividida, não sabe a quem culpar,

Neste épico de sombras, quem deve julgar?

A bruxa ou a professora, quem é o verdadeiro mal?

Num jogo de ilusões, a resposta é um vendaval.



E assim, o conto segue, em brumas envolvido,

Quem é a vítima? Quem é o perseguido?

Na eterna dança entre o bem e o mal,

Cada um carrega seu próprio final.



A bruxa, sem algumas respostas ficou,

Mas já não importa, o tempo tudo levou.

Quando tudo isso iniciou, ela perguntou,

Por que a professora me acusou?



Por que diz que fui eu, sem razão ou motivo,

Mantivemos diálogo, pelo bem do meu filho,

Alguma vez a desrespeitei, a incomodei?

Fui agressiva? Vai tratar meu filho igual, como pensei?



A única coisa que ouviu foi que a bruxa deturpa,

Que a bruxa faz falsas alegações, sua fala distorça.

Não sabe interpretar, disseram com desdém,

E mais algumas coisas pejorativas também.



Além disso, foi onde a bruxa costumava trabalhar,

Dizer à amiga da bruxa coisas horrorosas de arrepiar.

Como pode a bruxa olhar na cara de alguém assim?

Mas agora, em paz, não se deixa consumir.



Proteção, oração, e te renego,

A bruxa escolhe seguir, sem mais apego.

Em paz, sua alma encontrou redenção,

Deixando para trás toda a traição.



Qualquer um que conhecesse a bruxa sabia,

Onde o ataque à sua integridade e ao filho levaria.

Não ia discutir, seu filho de escola mudou,

Não ia submeter seu filho ao isolamento que o rodeou.



Para mudar a postura, a visão do ensino,

Precisava de um novo agrupamento, um novo destino.

Feliz pela mudança, um descanso encontrou,

Em professores não confia, nem fala, tudo mudou.



Se os novos professores algo precisarem,

Ou algo a dizer, que logo lhe informarem.

O diálogo entre escolas e encarregados é uma ilusão,

Se há um problema, arruinam a integridade, a moral do coração.



E assim, a bruxa vive, com lições aprendidas,

Protegendo o filho das feridas sofridas.

Em paz e serenidade, seu caminho traçou,

Deixando para trás o passado que tanto a machucou.


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