Infinito

Em Lisboa, na noite chuvosa e calma,

Eu e minha amiga, em conversas e drink,

O tempo passava sem pressa, sem alma,

Mas com uma tranquilidade que ao coração brinca.


O telemóvel tocou, a realidade chamou,

Meu filho de oito anos, a voz de melodia,

"Mãe, onde estás?" Com o pai, ele chegou,

A urgência no tom, ecoando a alegria.


"Estou com uma amiga, mas já volto pra casa",

Sorri ao ouvi-lo, e minha amiga percebeu,

Com um olhar cúmplice, a noite se desfasa,

"Vamos aos nossos maridos e filhos", ela prometeu.


Pelo caminho, falamos, a amizade em flor,

Cheguei em casa, meu marido beijou-me,

"Por que nossa amiga não subiu, meu amor?"

O filho, ansioso, queria um passeio, eu sei.


"Depois, não faz mal", disse ele, sorrindo,

Abraçou-me com força, em pureza infinita,

"Amo-te, mãe, ómega ao infinito", fluindo,

Palavras de amor, a alma bendita.


Em cada momento, a gratidão brota,

A fé em Deus, amor e confiança na família, a compaixão sempre à mão,

Em Lisboa, a noite chuvosa não importa,

Quando o amor é o centro de nossa canção.






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