Cem Mil e Um Sentidos

 Queridos leitores,


Hoje escrevo-vos com o coração pleno e a alma serena, num daqueles raros momentos em que o silêncio interior se encontra em perfeita sintonia com o burburinho do mundo. Olho para estes números — cem mil cento e trinta e oito visualizações! — e não posso deixar de sorrir, não por vaidade, mas por gratidão. Porque cada leitura, cada partilha, cada olhar curioso ou crítico que passou por estas palavras foi, para mim, mais do que um simples número: foi sinal de vida, de conexão, de partilha autêntica.

Aqui, neste cantinho virtual, há espaço para todos: para os que lêem com atenção, para os que folheiam ao acaso, para os que vêm por bem e até para os que chegam movidos por um olhar enviesado. A todos vos agradeço. Porque, conscientes ou não, cada um de vós ajudou a erguer este espaço, página após página, ideia após ideia.

E se hoje o blog vai de vento em popa, devo confessar-vos: na minha vida pessoal, também sopra uma brisa suave, aquela bonança tranquila que não surge do nada, mas é construída, obstáculo após obstáculo, sempre com fé e perseverança. Os objetivos têm sido alcançados, os desafios ultrapassados — e não, não foi obra apenas da minha força ou vontade. Foi Deus, sempre presente, sempre atento, sempre a inspirar e a encaminhar cada passo meu, mesmo nos dias em que eu, distraída, quase esquecia que Ele ali estava. Há um fio invisível que guia tudo isto, e é Ele quem segura as pontas.

Escrever, para mim, nunca foi um exercício solitário. É quase uma oração disfarçada, um diálogo constante entre aquilo que me inquieta e aquilo que me transcende. Mas mais do que isso: escrever é a minha terapia. É onde despejo sem filtros, sem máscaras, a verdade nua e crua que me atravessa. São pensamentos soltos, inquietos, imperfeitos. É o palco onde revelo, sem pudores, essa maravilhosa e complexa dualidade que é ser humana — feita de luz e sombra, de certezas e dúvidas, de força e fragilidade. A maioria factos verídicos, outros fictícios mas todas as palavras saem da alma. 

Vocês, leitores, tornam-se cúmplices desse desabafo, dessa exposição sincera. Ao lerem, tornam-se também espelhos: espelhos que reflectem não só o que escrevo, mas também aquilo que somos todos — múltiplos, contraditórios, inteiros na nossa imperfeição.

Obrigada por estarem aí — por lerem, comentarem em privado para o e-mail do blog, concordarem ou discordarem. Obrigada por fazerem parte desta travessia. Que continuemos juntos, navegando neste mar de palavras, com a certeza de que há sempre uma luz maior a orientar-nos, mesmo quando o nevoeiro aperta, Deus está presente em meu caminho, coração. Amo muito e sou autêntica. Recebo de braços abertos todos mesmo os inimigos.


Um abraço cheio de gratidão e paz,

TeceHistorias 

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