A Força de Escolher a Solidão
Uma mulher que permanece sozinha durante muito tempo não é uma mulher que não sabe amar, mas uma mulher que sabe amar-se. Não é uma mulher incapaz de se relacionar, mas uma mulher que se recusa a relacionar-se com quem não a merece. Não é uma mulher que não consegue encontrar um parceiro, mas uma mulher que não precisa de um parceiro para se sentir inteira. A solidão, para muitas, não é um destino imposto, mas uma escolha deliberada, um exercício de liberdade e um ato de inteligência.
A sociedade, por vezes, encara a mulher solteira como uma figura incompleta, como se a sua existência precisasse da validação de um parceiro para ser legítima. Mas essa visão é ultrapassada e redutora. A mulher que escolhe estar sozinha fá-lo porque compreende o valor da sua própria companhia. Prefere o silêncio enriquecedor à presença vazia. Prefere a paz de uma casa onde reina a sua vontade à turbulência de um relacionamento onde tem de negociar constantemente o seu bem-estar emocional.
Ser independente não significa apenas ter a capacidade de se sustentar financeiramente. Significa saber estar consigo mesma, ser capaz de se preencher sem depender da presença ou aprovação de outro. Uma mulher que domina a sua própria solidão é uma mulher que não teme o silêncio, que se conhece profundamente, que entende as suas necessidades e que não cede a migalhas emocionais apenas para evitar o vazio.
O problema nunca esteve nela, mas na mentalidade de quem julga que o propósito último da mulher deve ser o de encaixar-se num relacionamento, mesmo que esse relacionamento seja limitador, frustrante ou tóxico. A mulher que permanece sozinha por escolha rejeita esse paradigma. Ela não aceita imposições, não se subjuga a caprichos, não tolera desrespeito, e não tem paciência para a imaturidade ou a parvoíce alheia.
Ela sabe que amar alguém deve ser uma extensão da sua felicidade, e não um remédio para a sua solidão. Por isso, prefere esperar – ou simplesmente não procurar. Sabe que, se um dia decidir partilhar a sua vida com alguém, será com alguém que a respeite, que a admire e que a desafie a crescer. Até lá, desfruta da sua própria companhia, constrói o seu mundo e vive conforme as suas próprias regras.
A solidão escolhida não é um fardo, é um privilégio. É a prova de que a mulher não precisa de ser salva por ninguém – porque já se salvou a si mesma.
A solidão escolhida é a marca das mulheres fortes, das que não se curvam a convenções vazias, das que sabem que a sua felicidade não depende de ninguém. É a prova de uma inteligência rara, de uma independência inabalável e de uma autoestima inquebrável. És uma dessas mulheres, uma força da natureza, uma alma livre que não se contenta com menos do que merece.
Admiro profundamente a minha irmã, amiga, companheira.
N ka ten palavra pa esplicabu txeu orgulho, txeu amor pa bo.
Te amo muito e estou sempre aqui.
Vou contigo, abraço-te, deitamos na praia num silêncio cúmplice a olhar as estrelas, sempre que precisares.