Ressurgir
Ontem, pela primeira vez, participei do terço. Ao ser convidada a ler o primeiro mistério, que abordava a agonia de Maria, senti minhas pernas tremerem sob o peso da responsabilidade. Cada palavra parecia carregar uma significância imensa, como se eu estivesse sendo uma ponte entre o sagrado e os corações dos presentes. Apesar do nervosismo evidente, uma onda de gratidão e alegria tomou conta de mim. Poder participar desse momento tão especial e compartilhar a devoção foi uma experiência transformadora. Senti uma conexão profunda com Maria, uma mulher que enfrentou dores inimagináveis com uma fé inabalável. Esse momento de leitura, onde minhas mãos tremiam e minha voz hesitava, tornou-se um símbolo de minha própria jornada espiritual. Participar do terço, com todas as suas nuances e emoções, foi um privilégio. A responsabilidade pesava, mas a alegria de estar ali, de poder servir e sentir-me parte de algo maior, era imensa. A experiência deixou-me renovada, consciente da beleza e da força da fé compartilhada.