Procuro, sim
Quando alguém me pergunta se eu procuro quem eu gosto, minha resposta é um reflexo do meu apreço pela conexão humana e pelo respeito aos sentimentos alheios. É claro que procuro quem eu gosto. Faço isso com o coração cheio de carinho, seja através de um telefonema ou uma mensagem. Gosto de saber se a pessoa está bem, se o seu dia está a correr de forma tranquila, se há algo que posso fazer para tornar seu momento mais leve. Esta é a maneira que encontro para demonstrar minha consideração e afeto.
No entanto, meu interesse em procurar vai além de um simples desejo pessoal; ele é guiado por um profundo respeito. Se gosto de alguém, mas sei que essa pessoa prefere não ser procurada, respeito seu espaço e suas vontades. A compreensão de que o amor e o carinho também se expressam pelo silêncio e pela distância é uma das nuances mais sutis e importantes das relações humanas.
Por outro lado, se houve um término, se a relação chegou ao seu fim natural, adoto uma postura diferente. Não procuro quem fez parte do meu passado. Não por falta de carinho ou por desinteresse, mas por uma necessidade de seguir em frente e de permitir que a outra pessoa também possa trilhar novos caminhos. É um ato de respeito mútuo e de reconhecimento de que algumas histórias são completas dentro de seu próprio tempo e contexto.
Procurar ou não alguém envolve um equilíbrio delicado entre o desejo de manter a conexão e o respeito pela individualidade do outro. É uma dança entre a proximidade e a distância, entre o desejo de estar presente e a sabedoria de se afastar quando necessário. Esta compreensão profunda das dinâmicas humanas é o que torna as relações ricas e significativas. Cada escolha que fazemos, cada mensagem enviada ou não enviada, carrega em si uma carga de amor, respeito e consideração.
Assim, ao ser questionada se procuro quem eu gosto, a resposta é sim, com toda a intensidade que a palavra carrega, mas sempre guiada pela bússola do respeito e do entendimento. Porque, no final das contas, gostar de alguém é desejar o bem-estar do outro, mesmo que isso signifique respeitar sua vontade de não ser procurado.