Revelação
Desde o ano passado, passei por uma transformação profunda e significativa. A minha jornada espiritual me levou a abraçar a fé católica apostólica romana com fervor renovado. Embora minha fé tenha florescido, ainda estou ciente de que há um caminho a percorrer para atingir a plenitude espiritual que almejo.
Em paralelo a essa transformação interna, adotei uma nova abordagem em meu papel de encarregada de educação. Perdi a confiança na classe docente, não faço mais perguntas nem tento ajudar, e só me manifesto quando sou diretamente questionada. Minha atenção está inteiramente voltada para o acompanhamento de meu filho. Se a professora tiver algo a dizer, partilhar ou perguntar, ela o fará; minha intervenção é mínima e reservada. Esse distanciamento trouxe um alívio surpreendente, uma sensação de leveza e descanso que não havia experimentado antes.
Percebi que o diálogo que antes julgava essencial com os professores, a colaboração e a entre ajuda, na verdade, não é necessário. Respeito, sim, é fundamental, mas falar pouco e manter uma distância saudável tem se mostrado mais eficaz. Essa lição também foi transmitida a meus filhos: nossa privacidade é sagrada e deve ser resguardada em casa. Questões escolares permanecem na escola, enquanto assuntos pessoais são discutidos em família ou com amigos de longa data e confiança comprovada.
Essa mudança na forma de lidar com a educação não é uma crítica direta à nova escola ou aos novos professores, mas sim uma nova filosofia de vida. Aprendi que confiança deve ser algo raro e precioso, reservado apenas para poucos, para Deus e para a Virgem. Esta abordagem me trouxe uma paz interior e um senso de controle que eu não sabia ser possível.
A caminhada pela fé e a redescoberta da confiança limitada têm sido pilares fundamentais dessa transformação. E, acima de tudo, reafirmo a importância de confiar em Deus e na Virgem, guias eternos nesta jornada de vida.
Reafirmo a importância de manter uma distância prudente e saudável dos docentes. Infelizmente a maioria da classe confunde assertividade e diplomacia com hipocrisia e dissimulação, com isto não afirmo que sejam todos iguais, mas o diálogo é sempre o mesmo, aquele que aprendem nas formações de como gerir conflitos e mais algumas.
Esta abordagem não se trata de desconfiança total, mas de um discernimento necessário para proteger nossa privacidade e bem-estar emocional. Confio na capacidade das novas professoras em tratar dos assuntos acadêmicos de forma eficaz e competente. No entanto, qualquer questão que ultrapasse o âmbito escolar deve ser resolvida em casa, onde os laços de confiança e compreensão são mais profundos e seguros, não existe a necessidade de me dar a conhecer ou falar de tópicos que não sejam extremamente relevantes, como sou uma pessoa educada se o diálogo seguir um caminho que seja um pouco fora do âmbito escolar pratico a escuta ativa, assertividade e voltarei rapidamente à postura de me manter afastada e calada no meu canto.
Ensinei meu filho a mesma lição: enquanto a escola é um lugar para aprender e desenvolver suas habilidades acadêmicas, questões sentimentais e privadas devem ser mantidas dentro do círculo familiar ou entre amigos de longa data. Esse distanciamento não é um obstáculo, mas uma medida de proteção que garante que ele se concentre no que realmente importa na escola, sem se envolver em dependências emocionais inadequadas, para não voltar a sofrer, não ser iludido novamente.
Esse enfoque permite que ele veja a escola como um espaço de aprendizagem e crescimento acadêmico, sem a pressão de expor aspectos de sua vida pessoal. Ao adotar essa postura, ele desenvolve a capacidade de resolver problemas escolares de forma independente, fortalecendo sua autonomia e senso de responsabilidade.
Para nós, como família, esse método tem trazido uma sensação de alívio e tranquilidade. A escola cumpre seu papel de fornecer educação académica, enquanto nós, em casa, lidamos com as questões emocionais e pessoais. Essa separação clara das esferas escolar e familiar ajuda a manter um equilíbrio saudável, evita conflitos e mal-entendidos.
Essa filosofia de confiança restrita, de proteger nossos sentimentos e privacidade, reflete um compromisso profundo com a proteção emocional e o bem-estar da família. Sabemos que as professoras são competentes em suas funções, mas a confiança íntima e pessoal é reservada para aqueles que fazem parte de nosso círculo mais próximo e para Deus, que guia nossos passos.
Portanto, seguimos confiantes na fé, no discernimento e na capacidade de nos proteger emocionalmente. Esta abordagem equilibrada, de confiar na competência acadêmica dos docentes e de reservar os assuntos pessoais para a família, garante um ambiente mais leve e tranquilo para nós, promove um equilíbrio harmonioso entre a vida escolar e pessoal. Além do alívio que é o não ter de avisar quando falta, ficam a saber após receberem a justificação, explicar porque meu educando está triste ou o problema tal, eu resolvo. Sempre a aprender! O meu conselho é separem a vida pessoal da vida escolar.