Um Dia de Verão na Praia da Rainha
O sol de agosto brilhava no céu, refletindo-se nas águas frias da Praia da Rainha. O dia prometia aventuras e sorrisos, especialmente para os mais novos, que mal podiam conter a excitação. No carro, para tornar a viagem mais animada, decidimos fazer um jogo: dizer palavras conectadas por uma determinada letra. Claro que era um pouco injusto para os mais novos, mas mesmo assim jogamos. Entre risos e protestos, cada um tentava encontrar a palavra certa antes que o tempo acabasse.
Ao chegarmos, a impaciência deu lugar à euforia. Eu, meu marido e nosso filho nunca fomos do tipo que se contenta em ficar na toalha. O mar nos chama, os mistérios das criaturas marinhas nos fascinam. Cada onda que toca a areia é um convite à exploração. Já a professora e seu filho têm um ritmo diferente. O frio da água os mantém afastados das profundezas do oceano, e o sol, embora convidativo, não é um aliado da professora. Mas isso não impediu que o dia fosse especial.
Meu filho, ansioso pela praia, encontrou no amigo uma companhia perfeita. São diferentes, complementares até. O filho da professora tem uma energia inesgotável, um talento natural para o desporto, enquanto o meu brilha em números e palavras, construindo pontes entre línguas e cálculos. Entre correrias pela areia e mergulhos audaciosos, os dois formaram memórias que ficarão guardadas nos corações inquietos da infância.
Na hora da refeição, sentei-me ao lado da professora. Não por pena, mas porque queria que ela soubesse que estávamos todos juntos, que fazia parte daquele momento. Seu filho, travesso e encantador, espalhava alegria à sua volta, e eu não pude deixar de admirar a sua vivacidade.
O dia chegou ao fim com o sol se pondo sobre as águas inquietas, tingindo o céu de laranja e rosa. Voltamos para casa com a pele salgada e os corações aquecidos, sabendo que, apesar das diferenças, tínhamos vivido um dia de cumplicidade e partilha. A praia não é apenas areia e mar—é o cenário onde laços se fortalecem, onde amizades crescem e onde, por um dia, todos falamos a mesma linguagem: a da felicidade simples e sincera.