Já não pergunto.
Já não pergunto por que fizeste O que fizeste. Pergunto como é que eu deixei, Como é que eu, mãe, Deixei-te, quase "amiga", Chegar tão perto do meu filho, E no fim, humilhá-lo, Destratá-lo, Rebaixá-lo diante de outros, Mentir sobre ele. Como é que eu deixei? Eu deixei, Porque confiei. Porque eras mais do que uma professora, Eras minha suposta quase "amiga". Entreguei-te o meu filho, O meu maior tesouro, Acreditando que o tratarias com o cuidado E o respeito que ele merecia. Mas o que fizeste foi tão longe do que eu esperava. Agora pergunto, Como é que deixei? As tuas palavras, que deveriam educar, Viraram pedras, Humilhações que o feriram, E eu, cega de confiança, Não vi. Como pude não perceber Que em vez de ensiná-lo, O estavas a rebaixar? Enquanto eu seguia uma linha reta de confiança, Tu criavas curvas de desprezo, Pisavas o seu orgulho, E fazias dele um alvo Para a tua autoridade injusta. Gritaste que estavas certa, Quando me confrontei contigo, E eu, ainda at...