Professora, O Abraço Que Fica
Os pais nem sempre vêem. Talvez, para eles, o aprender resuma-se a notas, a fichas completas, a trabalhos entregues. Talvez não percebam o que está por trás, o esforço invisível, a paciência que não tem fim, a dedicação que não cabe em horários nem em relatórios. Mas há quem veja. Há quem sinta. Os seus meninos e meninas sabem. Sabem que a sua voz os acalma quando o medo aperta, que o seu olhar firme os guia quando hesitam, que o seu sorriso é um porto seguro quando o mundo lhes parece grande demais. Percebem no jeito como diz os seus nomes, na forma como nunca desiste deles, na segurança de saberem que ali, na sua sala, são importantes. São mais do que alunos – são pequenos seres humanos a crescer, e você está lá, a ajudá-los a encontrar-se. Você não ensina apenas letras e números. Ensina-os a tentarem outra vez quando falham. Ensina-os a respeitarem-se uns aos outros. Ensina-os a acreditarem em si próprios. E isso, professora, não se apaga. Isso não é um trabalho, é um dom. Pode...