Cicatrizes que viram testemunhos, não para propaganda em ambão mas para os que Deus nos coloca no caminho.
Durante muito tempo, tentei esconder as minhas feridas. Achei que as partes partidas da minha história me diminuíam, que expor os meus fracassos seria um escândalo, e que os outros — e até Deus — só poderiam amar as versões mais perfeitas e arrumadas de mim. Mas o Evangelho não é feito de aparências. O Evangelho é carne rasgada, cruz carregada, lágrimas derramadas e glória redentora. E foi aí que entendi: as minhas cicatrizes não são sinais de derrota — são testemunhos da fidelidade de Deus. As feridas que se tornam sagradas. Não foram os momentos bonitos que me transformaram — foram os dias em que fui ao chão. Foram as rejeições, as traições, os silêncios cortantes, as injustiças sem defesa. Foram as madrugadas em que chorei sozinha e só tinha a Deus por companhia. E nesses dias, Deus não me tirou da dor — mas entrou nela comigo. A minha alma foi rasgada em muitos lugares. Por palavras cruéis, por julgamentos injustos, por acusações mentirosas. Fui apontada, mal interpretada, sil...