A Traição da Confiança
Hoje, recebi um e-mail que me deixou num estado de perplexidade, um misto de incredulidade e mágoa. Os primeiros dias de um novo ano escolar deviam ser sinónimo de renovação e entusiasmo, mas as palavras contidas naquele texto turvaram o meu espírito e lançaram-me numa espiral de questionamentos. Pergunto-me, com angústia e assombro, como alguém a quem confiei tanto poderia emitir opiniões tão despropositadas, tão carregadas de insensibilidade, especialmente quando o objeto das suas observações é o meu filho – uma criança, seu aluno. Ao longo do tempo, desenvolvi um respeito imenso pela professora do meu filho. Uma relação de empatia e cumplicidade parecia ter florescido entre nós, sustentada por uma admiração mútua que considerei genuína. Não a via apenas como uma docente dedicada; via-a como uma pessoa de carácter, uma mulher que, pensei eu, valorizava os princípios da amizade, do profissionalismo e da empatia. Esta amizade transcendeu o contexto escolar, ou pelo menos assim jul...