Como Ser Mulher de Fé no Ambiente de Trabalho

Sou mulher.

Sou crente.

Sou profissional.

E recuso-me a viver uma fé desligada da minha presença no mundo — porque o Espírito Santo não habita apenas em templos: habita em mim.

E onde eu estou, Ele está.

Mesmo nas reuniões. Mesmo nos corredores. Mesmo nos e-mails.

Ser mulher de fé no ambiente de trabalho não é ser religiosa no discurso, mas santa na conduta.

Não é despejar versículos como slogans.

Não é dizer “Deus vai abençoar” a quem precisa é de justiça, ética e verdade.

Não é prometer milagres com voz doce, enquanto se mente, se manipula ou se ilude.

Jesus não é mágico. Deus não é banqueiro. O Espírito Santo não é argumento.

Há quem tenha tornado o Nome de Jesus num marketing barato — 

“vem para a igreja e a tua vida muda”,

“aceita a fé e serás próspera”,

“ora e serás curada”.

Mas eu recuso essa caricatura do Evangelho.

Porque Cristo não veio garantir conforto — veio trazer sentido.

Ele não prometeu ausência de dor — mas presença no meio dela.

Não ofereceu fama — mas cruz.

Não comprou glória — ensinou humildade.

Ser mulher de fé no ambiente de trabalho é viver a fé como força discreta, silenciosa, mas firme.

Sem hipocrisia. Sem espiritualização de tudo. Sem falsos moralismos.

Deus não precisa de publicidade. Precisa de testemunhas.

Não fomos chamadas a fazer de Jesus um slogan.

Fomos chamadas a ser o rosto d’Ele.

A viver de tal forma que quem nos veja pergunte-se em silêncio: "o que é que ela tem que eu ainda não descobri?"

Por isso não levanto bandeiras — levanto valores.

Não prego alto — ajo fundo.

Não ostento dons — partilho frutos.

Porque a árvore boa dá bom fruto — e é assim que se conhece.



O Espírito Santo Habita em Mim.

Não sou perfeita.

Não me coloco acima de ninguém.

Mas sou habitação do Espírito.

E se Ele habita em mim, traz consigo os sete dons:

Sabedoria, para escolher o que importa.

Entendimento, para não reagir por impulso.

Conselho, para guiar com delicadeza.

Fortaleza, para suportar sem endurecer.

Ciência, para discernir o certo do conveniente.

Piedade, para não deixar que a justiça se torne dureza.

Temor de Deus, para me lembrar de quem sou e de Quem Ele é.

Estes dons são o meu equipamento diário.

E cada dia de trabalho é uma missão — não para evangelizar com palavras, mas para iluminar com presença.



A Fé que se Vive, Não a Fé que se Exibe.

Aprendi a ser firme sem ser agressiva.

A ser delicada sem ser submissa.

A ser profissional sem ser fria.

A ser crente sem ser fanática.

E quando me perguntam onde está Deus…

Aponto para dentro.

E depois para fora — para o que faço, para como ajo, para como perdoo, para como respeito.

Não iludo ninguém.

Não digo que Deus vai fazer tudo dar certo.

Digo que, com Ele, mesmo o que dá errado pode ter valor eterno.

Digo que o que Ele nos promete não é sucesso — é presença.

Não é fama — é verdade.

Não é tudo o que eu quero — é tudo o que preciso.



Conclusão

Santidade Sem Palco.

Sou mulher.

Sou católica.

Sou profissional.

E quero que a minha fé seja sólida como rocha — não teatral como vitrina.

Há quem fale de Deus e minta nos relatórios.

Há quem cante louvores e calunie colegas.

Há quem profetize e seja tóxico.

Mas eu quero ser aquela que, mesmo sem dizer “Deus”, faz com que O vejam.

A fé que levo ao trabalho não é a da capa de Bíblia na mão, mas a da consciência limpa, a do silêncio prudente, a do amor real, a do rosto que acolhe, a do respeito profundo — a da mulher que, como Maria, guarda tudo no coração e age com dignidade.

Porque o mundo não precisa de discursos religiosos — precisa de vidas que confirmem o Céu.

E onde quer que eu esteja — Mesmo aqui, neste ambiente profissional, tão cheio de pressões e vaidades — quero ser sinal. Quero ser luz. Quero ser inteira.

E permanecer fiel.

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