Graças e revelações

 Ontem foi um dia extraordinário, marcado por momentos de profunda introspecção e conexão com o divino, mas também repleto de carinho e laços familiares que encheram o meu coração de gratidão. A manhã foi, sem dúvida, memorável, um verdadeiro banquete espiritual. Participei de um encontro que trouxe à tona uma reflexão rica e iluminadora sobre os dons que o Espírito Santo concede a cada um de nós.

Descobrir a diversidade desses dons foi como abrir um cofre de tesouros espirituais, e entre eles, o tão debatido dom de falar em línguas ganhou um significado mais amplo. Aprendi que não é um dom isolado nem superior aos outros. Como bem nos ensina São Paulo em 1 Coríntios 14:27-28, o dom de línguas requer um intérprete para que possa edificar a comunidade: "Se alguém falar em língua, que seja dois ou, no máximo, três, cada um por sua vez, e que haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, que ele fique calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus." Esta sabedoria abriu os meus olhos para a beleza de todos os outros dons que trabalham em uníssono, em harmonia perfeita, como membros do mesmo corpo.

Depois desta manhã repleta de luz, dediquei-me à família, um dom igualmente precioso. Passei tempo de qualidade com os meus filhos e com o meu marido. Estes momentos são, para mim, alimento da alma, mas um compromisso inesperado acabou por interrompê-los por instantes. Ainda assim, não deixei que isso roubasse a harmonia do dia e, para minha felicidade, ainda consegui partilhar uma conversa especial com a minha prima, um tempo de reconexão cheio de afeto e significados partilhados.

Mais tarde, às 18 horas, dirigi-me ao local onde a Eucaristia teria lugar às 18:30. Esse pequeno intervalo antes do início foi uma pausa bem-vinda, um momento de recolhimento interior, de preparação para o encontro mais sublime do dia. Quando a celebração começou, fui tomada pela majestade do mistério eucarístico, aquela incrível realidade em que o próprio Deus se faz presente no pão e no vinho.

Ali, em comunidade e em oração, senti-me plenamente renovada, como se todo o dia tivesse sido uma longa peregrinação que culminava naquele momento sagrado. Dei graças por cada instante vivido, por cada aprendizagem, por cada laço fortalecido e pela presença incessante do amor divino que guia os meus passos.

Ontem não foi apenas um dia. Foi uma sucessão de pequenos milagres, de graças silenciosas e de profundos encontros, em que o mundano e o celestial se uniram numa melodia única e inesquecível.

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