A Mãe...

 A mãe é, sem sombra de dúvida, uma figura que transcende a mera presença física. Ela é, por essência, a personificação de uma força invisível e infalível, que se manifesta tanto nos pequenos gestos como nas grandes decisões. Uma mãe é sempre a última em tantas coisas, porque a sua entrega é completa e sem reservas. É a última a apagar a luz, como quem simbolicamente vigia o lar, zelando pelo bem-estar daqueles que ama. É a última a adormecer, não porque o sono não a consome, mas porque a tranquilidade dos seus é sempre a sua prioridade. Quando finalmente se senta à mesa, é a última a colocar comida no prato, porque o seu instinto maternal coloca as necessidades dos outros sempre à frente das suas.

A mãe é também a última a sair de casa, numa rotina quase ritualística de verificação. Confirma cada pormenor, atenta a detalhes que, por vezes, passam despercebidos aos outros. O seu olhar minucioso percorre cada recanto, certificando-se de que nada falta e de que tudo está em ordem. Fechar a porta do carro é quase um acto simbólico: a segurança dos seus é o último pensamento antes de seguir o seu caminho. E, mesmo quando o descanso a chama, é sempre a última a ceder, porque a sua mente trabalha incessantemente, preocupada e atenta, até que a certeza de que tudo está bem a permita finalmente repousar.

Mas por que é que a mãe é sempre a última? Talvez porque, na verdade, ela é sempre a primeira. A primeira a telefonar quando o silêncio se torna demasiado longo. A primeira a perguntar, mesmo quando a resposta é óbvia, porque o simples acto de perguntar é, em si, uma manifestação de amor e cuidado. A primeira a chorar, porque o seu coração sente de forma mais profunda, mais intensa. A primeira a rezar, não apenas por si, mas por todos os que ama, como se a sua fé pudesse proteger aqueles que, de alguma forma, estão fora do seu alcance físico.

O amor de mãe é, sem dúvida, o primeiro. É o mais forte, capaz de resistir às mais violentas tempestades emocionais, aos medos mais profundos. É o mais duradouro, permanecendo inalterado pelo tempo e pelas circunstâncias. E é o mais intenso, porque é o alicerce sobre o qual se constrói tudo o resto.

Diante de tudo isto, resta apenas uma certeza: a mãe é aquela candeia que nunca perde a esperança, mesmo nas noites mais escuras. É o farol que nunca esmorece, iluminando o caminho dos seus filhos, mesmo à distância. E, por tudo isto, é uma presença eterna, seja ela a última a apagar a luz ou a primeira a abrir as portas do seu coração. A mãe é aquela luz que brilha mais forte, que aquece, que guia, que protege.

É por isso que, independentemente de ser a última a descansar ou a primeira a agir, a mãe permanece sempre ao lado dos seus filhos, numa vigília perpétua, discreta mas constante, assegurando-se de que, no seu amor, eles encontram sempre o seu porto seguro. Ela é a guardiã incansável, o pilar invisível, a presença que, mesmo ausente, nunca deixa de estar.

E por tudo isso, por essa dedicação incondicional, não há tarefa mais elevada, mais nobre, mais plena de sentido, do que ser mãe.

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